Fim de ano vem chegando e com ele começa as famosas festas de réveillon, espalhadas pelo nosso imenso território tropical, o Brasil. Isso seria ótimo, ate porque nosso clima, tropical principalmente no nordeste brasileiro, onde o sol brilha 365 dias no ano, com calor sempre e suas brisas nas beiras das praias. São climas perfeitos para tirar alguns dias de descanso e ate mesmo curti uma boa festa.
Tudo isso seria legal, ou melhor, dizendo, aproveitado ao máximo em anos passados, hoje nossa realidade está completamente diferente, estamos vivendo o que jamais imaginaríamos passar ao longo dos séculos, desde a gripe espanhola de 29 ate fim da segunda guerra mundial, fatores históricos que fizeram assombrar a humanidade ao longo desse século XXI.
Nosso DNA (Ácido Desoxirribonucleico) festeiro do brasileiro, onde tudo e mera diversão e não se mede as consequências de seus atos. Em meio essa pandemia causada pelo vírus da Covid-19, as festas clandestinas, ou eventos e as aglomerações começam a se torna algo normal.
Há festa mais tradicional do calendário brasileiro e não estou falando do carnaval e sim do réveillon, que também atrai milhares de turistas internacionais no Brasil, esse ano está ameaçada de não acontecer. Ou melhor, dizendo vai acontecer, em alguns lugares as famosas festas de réveillon que são vendidas a preço de ouro. Por mais que os produtores queiram usar todos os argumentos sobre distanciamento social, medidas de segurança e higiene. (as pessoas não vão seguir essas recomendações).
Será que no meio desse caos todo, pessoas morrendo, cientistas tentando descobrir uma cura, até mesmo conseguirem a vacina para o covid-19, é hora mesmo de realizar esse tipo de evento? Atraindo público e pessoas em diferentes partes do Brasil. Chegamos ao ponto, que status é mais importante que preservar as vidas? Que festejar é mais importante que refletir e pensar no momento que estamos passando, acredito que não é hora para festejar, ter eventos que promova aglomerações e atraia multidões.
Europa está passando por uma segunda onde da pandemia, em quanto escrevo essa matéria 17/10/2020, cidades estão isoladas, todas as medidas de segurança adotadas, protocolos de higiene até mesmo possível lockedown nas cidades. Londres, Paris, Lisboa, entre outras capitais da Europa. Se eles estão preocupados com isso e estão reimplementando estes tipos de medidas,porque nos brasileiros temos que criar eventos, atrair público, sair para festejar , sem usar equipamentos de segurança como o uso obrigatório da máscara. Agora se começar agir por conta própria, colocando interesses individuais acima de um coletivo, o número de mortos vai aumentar cada vez mais e simplesmente seremos proibidos de entrar em diversos países do mundo. Será que é isso que todos querem? Se os grandes festivais e eventos importantes, esse ano cancelaram seus grandes espetáculos, por que as festas de réveillon têm que existir esse ano? Entendemos que os produtores tem contas a pagar, existe empresas com diversos funcionários etc, essa questão não tem como discutir, agora colocar em risco dezenas ou milhares de pessoas, apenas por questão de status ou diversão, entendo não ser a melhor alternativa.
Também estamos sofrendo por, não ter eventos, redações paralisadas, jornalistas, fotógrafos, editores e cinegrafistas que estavam sempre em todos os eventos do Brasil, acompanhando e registrando os eventos, as festas, as celebridades estão parados em suas casas esperando. A volta dos eventos, ou melhor, dizendo, uma vacina para esse vírus, que deixou todos parados em suas respectivas casas. Às vezes temos que parar para refletir, o que é melhor não apenas para nós e sim para todos. A reflexão que faço, é temos que nos unir, por mais difícil que seja, por mais dolorido que seja. Iremos sair dessa lamentável situação juntos e mais fortes. Termino a matéria com essa frase
do Sir Winston Churchill.
“Vocês perguntam: qual é a nossa meta? Posso responder numa só palavra: vitória! Vitória a todo custo, vitória apesar
de todo terror, vitória por mais longo e difícil que o caminho possa ser, pois sem vitória não há sobrevivência.”
SIR WINSTON CHURCHILL
Texto Sérgio Luis Junior – Diretor Agitossp
