Eis que 15 anos depois, temos o desfecho perfeito para Indy, onde o longa se passa nos anos 60, em meio á Guerra Fria, nosso querido arqueólogo, está prestes a se aposentar quando sua afilhada Helena, aparece e o convida a procurar por uma relíquia que pode mudar o mundo. No meio do caminho, surge um vilão perigoso que pode arruinar tudo, um poderoso nazista que acompanha o tempo e quer a mesma joia, mas com propósitos diferentes.
Nesse filme, temos uma reflexão sobre viagem no tempo, e como o protagonista percebe que não pode voltar ao passado para mudá-lo, mas sim olhar para frente e viver o presente, e falando nisso, as cenas onde Indiana está mais jovem, feitas com a inteligência artificial, é extremamente perfeita, e leva o espectador á emergir nessa viagem.
Já o CGI, por algumas vezes, deixa a desejar, de tão ruim, mas não tira em nada, o brilho do espetáculo.
A trilha sonora icônica permanece na franquia, trazendo uma enorme nostalgia para aqueles que viveram os anos 80, as analogias e comparações que vão aparecendo no decorrer do longa, nos leva de volta ao primeiro filme como se fosse hoje. A dupla formada por Ford e Bridge é espetacular, com ênfase ao auge dos 80 anos de Ford, e com aquele mesmo carisma em que entrega cada cena.
Outro elemento interessante ao comparar este filme com o primeiro é ver como Indiana era totalmente descrente do misticismo apresentado, mas com a arca destruindo nazistas ao final, ele começa a se questionar. Este elemento tem grande peso no desafio final, onde é “necessário” crer para superar um último desafio, e essa face do nazismo, no filme, faz toda diferença pra amarrar o primeiro ao ultimo, fora a tomada bíblica que faz menção á “São Longuinho”, popularmente conhecido entre nós, como São Longuinho, que com certeza, muitos não sabem de onde surgiu, vale a pena focar nisso no longa
É também com os vilões que o roteiro é um pouco expositivo, e neste quesito ele não chega ao nível do primeiro, se levando em consideração, os temas, que se repetem com êxito ao ilustrar que a ganância pelo poder é o que causa a ruína, resultando na impecável cena com efeitos especiais da morte, mas o nível é bem alto.
Filme espetacular.
Borba Martini – Critico de Cinema & Teatro