Matrix sempre foi uma obra que gera inúmeros comentários, das mais diversas vertentes, atinge todo tipo de mente, porém, só as mais abertas, acompanham tamanha ousadia em criar algo tão atemporal, definitivamente, Matrix é para poucos e definitivamente, sua linha temporal é muito bem elaborada ao longo de todos os episódios.
Aqui temos Keanu Reeves, trazendo um personagem abalado psicologicamente pelo tempo que viveu a Matrix, e uma nova Trinity, a nostalgia e essência da original, permanece, o conceito é o mesmo, porém com uma dinâmica modificada , para seguir a linha dos anteriores, com uma logística atualizada.
A sacada é que Neo vive num mundo completamente diferente, sem lbrar de nada do que aconteceu nos episódios anteriores, então, como em todos os filmes, existe o poder da escolha, para que o protagonista entenda o que de fato, o trouxe até os dias atuais, porém, nesse capítulo, esse poder também é ilusório, as pilulas azul e vermelha, entram somente como uma simbologia nesse filme.
Talvez, parte desse filme expansivo, seja um Reboot, trazendo muito dos anteriores, cenas, eastereggs, lembranças que tornam o filme uma nostalgia constante, baseada em ótimas referências.
Agora o espectador assiste a um filme da Matrix, de dentro da Matrix, com Aquela fotografia dos anos 90, agora transformada prós dias atuais e seguindo a tecnologia das cenas slow motion, já consagradas na história do cinema.
O filme é visceral, com um lado humanizado bem aflorado, dentro de batalhas épicas e violentas, ao estilo Matrix, Reeves e Carrie-Anne Moss continuam com uma química intocável, fazem parecer que tudo que passou, foi ontem.
A ausência de Laurence Fishburne no papel de Morpheus é inevitável, mas tudo tem um porque e
Yahya Abdul-Mateen II segura a bronca.
Tudo já deixa claro que mais coisa boa vem aí.
Texto – Borba Martini – Critico de Cinema & Teatro
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