Esse é o filme que o espectador entra sem esperar nada, e sai com aquela surpresa totalmente positiva,
com uma forma simples e objetiva de narrar os fatos que antecederam a trilogia.
Um filme que não tem aquela apelação para os “jumpscares” , pois o roteiro vem bem amarrado e as narrativas já dão o peso no filme, por si só.
A trilha sonora e fotografia com ambientação dos anos 70, dão toda densidade ao suspense e terror, criam um clima perfeito, que viajam entre a imaginação e os fatos reais do momento.
O filme veio pra reativar a franquia, mas para quem não assistiu os anteriores, não vai se perder aqui, porque isso fatos do atual, antecedem o nascimento de Damien, que foi um dos filmes mais assustadores da história do terror nos cinemas, e creio que esse já consiga ser considerado o melhor da franquia.
O filme vai rodando numa crescente, onde o anticristo, a igreja, o próprio Diabo e todos os elementos que vão se construindo, mesmo que não de forma tão explicita, deixam com que tudo fique no mínimo, perturbador.
Esse longa já é uma missão cumprida, com personagens chave, que abrilhantam de forma magistral, cada atuação, inclusive daqueles que se menos espera, ou que acabam sendo esquecidos no decorrer da trama, acabam mostrando o quanto são importantes.
Reitero, não é um filme de sustos, mesmo que ainda existam, mas um filme que prende o espectador, envolvendo todos os personagens, construção e cada detalhe da trama sinistra, extremamente complexo, que junta uma série de fatores e trabalha a psique humana, a fé e até onde ela pode levar, principalmente quando é usada de forma dupla, ou dúbia.
Um ótimo filme de terror, diferenciado, mesmo que se trate de uma nova roupagem de um clássico do terror dos anos 70.
Borba Martini – Critico de Cinema e Teatro