Festivais de musica eletrônica que acabaram no Brasil

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Os festivais de música eletrônica no Brasil marcaram uma era vibrante e inesquecível, atraindo multidões apaixonadas por beats pulsantes e experiências imersivas. No entanto, ao longo dos anos, alguns eventos icônicos deixaram de acontecer, deixando uma lacuna no cenário musical do país. Entre os mais notáveis, destacam-se:

Skol Beats

O Skol Beats foi um dos primeiros grandes festivais de música eletrônica no Brasil, realizado entre 2000 e 2008. Ele transformou São Paulo em um dos centros da cena eletrônica global, recebendo artistas como Carl Cox, Tiësto e Sasha. Conhecido por sua organização impecável e produção de ponta, o evento foi pioneiro em popularizar a cultura rave no país. Seu encerramento foi atribuído a mudanças no mercado e no foco da marca patrocinadora.

XXXperience

Embora a marca XXXperience ainda esteja ativa em formatos menores e edições especiais, seu auge como um dos maiores festivais eletrônicos nacionais aconteceu nos anos 2000. Com edições em diversos estados, ele era famoso por suas cenografias psicodélicas e line-ups de peso. O festival reduziu sua escala e hoje não é mais o mesmo em termos de impacto no cenário nacional.

Tribe Festival

A Tribe foi um dos maiores e mais aguardados festivais de música eletrônica do Brasil nos anos 2000 e 2010. Especializado em trance, techno e progressive, o evento era celebrado por sua atmosfera única e locais exóticos. Nos últimos anos, no entanto, ele deixou de acontecer em grande escala, refletindo mudanças no público e nos custos de produção.

Creamfields Brasil

Uma extensão do famoso festival britânico, o Creamfields Brasil trouxe ao país nomes lendários como Fatboy Slim e Armin van Buuren em edições memoráveis entre 2001 e 2012. Apesar do sucesso inicial, o festival foi descontinuado devido a questões de mercado e à forte concorrência de eventos locais e internacionais.

SWU (Starts With You)

Embora não exclusivamente focado em música eletrônica, o SWU (2010-2011) deu espaço para grandes performances do gênero, incluindo DJs de renome mundial. Com uma proposta sustentável e inovadora, o festival teve vida curta, mas deixou um legado importante na memória dos fãs.

Rio Music Conference (RMC)

O RMC, além de ser um festival, era um ponto de encontro para profissionais da música eletrônica. Realizado no Rio de Janeiro, ele promovia festas e conferências até 2017, quando foi descontinuado. Sua ausência é sentida tanto no âmbito artístico quanto no mercado da música eletrônica.

Electric Daisy Carnival Brasil (EDC)

O Electric Daisy Carnival (EDC) é um dos maiores e mais icônicos festivais de música eletrônica do mundo, e sua edição no Brasil é uma experiência inesquecível. Realizado em um ambiente de pura magia e energia, o EDC Brasil traz uma combinação única de música, arte, tecnologia e cultura, criando um universo paralelo onde a música é o elemento central.

A primeira edição do EDC no Brasil aconteceu em 2015, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, e reuniu milhares de fãs apaixonados por música eletrônica. Desde então, o festival ganhou um lugar especial no coração dos brasileiros. Com cenários espetaculares, palcos impressionantes e performances de artistas renomados do mundo todo, o EDC Brasil se destaca pela sua capacidade de envolver o público em uma experiência audiovisual de outro nível.

Skol Sensation

O Skol Sensation foi um dos eventos mais marcantes da música eletrônica no Brasil, consolidando-se como uma experiência única que unia som, luz e performances em um espetáculo grandioso. Inspirado no Sensation, um festival internacional originado na Holanda, a edição brasileira manteve o padrão de qualidade, surpreendendo os fãs com sua produção impecável e atmosfera mágica.

Realizado entre 2009 e 2013, o Skol Sensation não era apenas um festival de música, mas uma verdadeira imersão sensorial. O evento era conhecido por seu dress code totalmente branco, criando um mar de pessoas em sintonia com a temática elegante e mística. Cada edição apresentava um tema diferente, como “The Ocean of White” e “Celebrate Life with Beats”, que definia a decoração, as performances artísticas e até os efeitos visuais.

Além da música, o festival era um espetáculo audiovisual completo, com dançarinos, acrobatas, luzes sincronizadas e efeitos especiais como jatos de fumaça e fogos de artifício. Tudo isso contribuía para transformar o evento em uma celebração inesquecível.

Kaballah Festival

O Kaballah Festival é um dos nomes mais emblemáticos da cena de música eletrônica no Brasil. Reconhecido por sua diversidade musical, cenários deslumbrantes e energia vibrante, o evento marcou época ao longo de suas várias edições, reunindo diferentes gerações de amantes da música eletrônica.

Criado em 2003, o Kaballah surgiu com a proposta de unir pessoas em um ambiente de celebração e boas vibrações, inspirado pelo conceito da cabala (ou “kaballah”), que promove a harmonia e o equilíbrio entre corpo, mente e espírito. Desde o início, o festival apostou na mistura de gêneros musicais e na criação de uma experiência sensorial única, destacando-se como um dos pioneiros no formato open air no Brasil.

Dream Valley Festival

O Dream Valley Festival foi um dos eventos de música eletrônica mais prestigiados do Brasil, conquistando um espaço especial no coração dos fãs ao combinar música, natureza e uma produção de nível internacional. Realizado em Santa Catarina, estado conhecido por sediar alguns dos melhores eventos do gênero no país, o Dream Valley deixou um legado marcante na história dos festivais nacionais.

O Dream Valley surgiu em 2012, com a proposta de oferecer uma experiência premium e imersiva para os amantes da música eletrônica. Inspirado nos maiores festivais internacionais, como Tomorrowland e Ultra, ele trouxe para o Brasil uma mistura de tecnologia, cenografia deslumbrante e line-ups repletos de estrelas globais. Seu slogan, “The Dream is On”, refletia a ideia de transportar o público para um universo de sonhos e sensações únicas.

Causas do Declínio

Diversos fatores contribuíram para o encerramento desses festivais no Brasil, como:

  • Crescentes custos de produção: A infraestrutura e os cachês elevados tornaram os eventos menos viáveis.
  • Mudanças no público: A popularidade de estilos musicais e formas de entretenimento evoluiu com o tempo.
  • Concorrência internacional: Grandes festivais como Tomorrowland e Ultra ganharam força e dominaram o mercado.
  • Instabilidade econômica: Crises financeiras reduziram o poder de compra e o patrocínio de grandes marcas.

Legado e Futuro

Embora muitos festivais tenham terminado, seu impacto na cultura eletrônica brasileira permanece vivo. Eles ajudaram a formar uma cena robusta e deram visibilidade a talentos nacionais. Hoje, festivais como Tomorrowland Brasil e eventos regionais menores mantêm a chama da música eletrônica acesa no país, mostrando que o espírito das pistas nunca desaparece.

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