As plaquetas são pequenas células sanguíneas que desempenham um papel fundamental na coagulação do sangue, essenciais para controlar sangramentos e manter a integridade do sistema vascular. A diminuição na quantidade de plaquetas pode predispor o paciente a sangramentos, um dos motivos pelos quais as pessoas com dengue hemorrágica (como o próprio nome já se refere a uma hemorragia) precisam dessa reposição com urgência.
Elas são utilizadas ainda nos tratamentos de pacientes com câncer, cirurgias, doenças hematológicas, transplantes, traumas e lesões graves, entre outras enfermidades. Por essa relação, já é possível se ter uma dimensão da importância da doação de plaquetas para a recuperação e esperança de vida para as pessoas que estão internadas em tratamentos diversos.
“Cada doação de plaquetas pode ajudar a proporcionar conforto e esperança de vida para aqueles que lutam contra doenças graves. Portanto, o ato de doar plaquetas é verdadeiramente um gesto de generosidade e solidariedade que pode fazer uma diferença significativa na vida de muitos pacientes necessitados”, explica a líder de captação do GSH Banco de Sangue de São Paulo, Janaína Ferreira.
A doação deste componente sanguíneo é feita por aférese, um procedimento diferenciado e seguro, no qual o sangue é fracionado o que possibilita que apenas as plaquetas (glóbulos brancos) sejam colhidas, enquanto os demais componentes retornam para o doador. Esse procedimento permite coletar de um único doador um volume suficiente de plaquetas para atendimento de um adulto. Numa doação de sangue convencional, seriam necessários aproximadamente 7 a 8 doadores para obter o mesmo número de plaquetas.
A coordenadora regional explica ainda que, para se tornar um doador de plaquetas, é necessário que a pessoa faça antes uma doação de sangue comum e se candidate à doação de plaquetas. A seguir, o candidato passa por uma triagem para determinar sua elegibilidade e garantir que a doação seja segura e eficaz e, após um mês da primeira doação de sangue, caso esteja apto, ele será convocado a fazer sua doação de plaquetas.
“É importante destacar que as plaquetas não podem ser armazenadas por muito tempo, apenas por 5 dias, no máximo, o que torna essencial termos doadores regulares para garantir um suprimento contínuo”, ressalta Janaína.
O GSH Banco de Sangue de São Paulo atende diariamente, das 7h às 18h, inclusive aos domingos e feriados, na Rua Tomás Carvalhal, 711, no bairro Paraíso.
Critérios para doação de plaquetas:
- Boas condições físicas
- Idade entre 18 e 67 anos
- Idade até 60 anos, caso seja a primeira doação
- Peso superior a 60 kg
- Evitar ingerir alimentos gordurosos no dia anterior à doação
- Ter realizado pelo menos uma doação normal de sangue há, no máximo, 12 meses, em nossa instituição
- Não ter apresentado reação adversa ou desconforto em doações prévias
- Intervalo entre doações de plaquetas 21 dias (plaquetaférese para plaquetaférese) ou 30 dias (sangue total para plaquetaférese), com no máximo 17 doações no período de 12 meses
- Não estar grávida ou amamentando
- Doadoras do sexo feminino que já tiveram mais de duas gestações são inaptas para doar plaquetas (aborto conta como gestação)
- Não ter tido gripe nos últimos 10 dias
- Não ter tido sífilis, malária ou doença de Chagas
- Não ter tido hepatite após os 11 anos de idade
- Não ter feito tatuagem ou maquiagem definitiva há menos de 12 meses
- Não ter piercing em cavidade oral ou região genital
- Não ter diabetes em uso de insulina ou epilepsia em tratamento
- Não ter feito endoscopia há menos de 6 meses
- Não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas 12 horas
- Não utilizar medicamentos que alterem a função plaquetária, como AAS, Aspirina, anti-inflamatório
Obs: Poderá haver outros critérios de exclusão que serão analisados no momento da entrevista.
Serviço:
GSH Banco de Sangue de São Paulo
Endereço: Rua Tomas Carvalhal, 711 – Paraíso
Tel.: (11) 3373-2000 / 3373-2001 e pelo WhatsApp (11) 99704-6527
Atendimento: Diariamente, inclusive aos finais de semana, das 7h às 18h. Estacionamento gratuito no local.