11 Setembro de 2001, 22 anos do Ataque Terrorista no Coração dos Estados Unidos da América

Metade da população mundial sabe com detalhes, onde estava naquele dia.

Lembro que estava saindo da escola, para pegar o ôni­bus de volta para casa, nesse dia não tivemos todas as aulas e saímos mais cedo por volta das 9:10 da manhã. No ponto de ônibus tem uma Padaria. Achei estranho, a padaria estava cheia e todos olhavam para uma TV de tubo. Entrei e vi um avião se chocando com um prédio, falei “nosso filme”, essa hora.

Um homem de aparência seria, como se fosse gerente bancário ou algum executivo disse:

– Não garoto, isso e ao vivo, os Estados Unidos estão sendo atacado.

Naquele momento o mundo passaria por uma tremenda transformação nas áreas de segurança internacional e sobre as leis de imigração seriam cada vez mais rígidas nos anos seguintes pós 11 setembro.

No dia 11 de setembro dois aviões foram sequestrados por terroristas sauditas, com o objetivo de fazerem ata­ques simultâneos ao coração dos Estados Unidos da Amé­rica e propagar seu manifesto, além de promover o grupo Al-Qaeda.

O que era para ser mais um dia tranquilo na vida dos americanos, mudara para sempre a Ordem da Segurança Internacional e questões de imigração para os Estados Unidos. As mudanças nas questões de vistoria em aeroportos, checagem de da­dos por diversas agências do governo interligadas, para rastrear algum suspeito por pertencer há alguns grupos terroristas, a própria modificação na porta que dá acesso a cabine dos pilotos sendo reformadas, retirada de facas com ponta sendo substituídas por facas com pontas arre­dondadas que não têm corte preciso. Tudo isso foi repensado para não ser utilizados como armas brancas contra passageiros e a tripulação do voo. Os Estados Unidos viu sua hegemonia e soberania cair junto com as torres gêmeas do WTC (World Tra­de Center), o país e o presidente George W.Bush se viu de joelhos em relação a sua fragilidade de não conter o atentando. Após 11 de setembro ouve uma reunião para tratar sobre o que deveria ser implementado para garan­tir a segurança nacional. Para que não haja outro ataque terrorista em solo americano. 25 de novembro 2002 foi criada á US Departamento of Homeland Security (De­partamento de Segurança Interna dos Estados Unidos). Que ficara responsável por garantir e proteger todo o território nacional contra ataques terroristas ou até mes­mo agir no caso de desastres naturais, como terremoto e furações.

Guerra ao Terror até morte de Bin Laden

11 de setembro mostrou ao mundo que qualquer país está vulnerável a qualquer tipo de ataque terrorista. A pessoa que orquestrou e planejou o maior ato contra uma nação foi o saudita Osama Bin Laden, líder do grupo Al Qaeda.

George W Bush presidente dos EUA, vai ao congres­so pedir apoio ao seu ato de guerra contra o Iraque e o Afeganistão, levando a maior máquina de guerra militar, para o que seria nos próximos anos a guerra mais longa da história mundial 2001-2021. Que será terminada na gestão do novo presidente, Joe Biden. O que marcou essa caçada ao Bin Laden, foi durante a gestão do primeiro presidente norte americano de origem negra Barack H. Obama, em 2011 em uma das operações mais secretas reunindo diversas agências de inteligência, foi localizado Bin Laden no Paquistão.

Foi lançado em 2012 o filme – A hora mais escura, que vai contar como foi feita a operação que matou Osama Bin Laden. Em 02 de maio de 2011, logo após saber que Bin Laden foi morto, o presidente dos EUA faz um pro­nunciamento à nação, naquele momento chegava ao fim uma das maiores buscas por um sujeito que elaborou e matou dezenas de pessoas em solo americano.

*Saindo do Atoleiro do Afeganistão/Iraque – Oriente Médio – *título faz uma singela homena­gem ao livro do Henry Kissinger – Diplomacia, onde no capitulo 25 Vietnã: entrando no atoleiro

A própria guerra ao terror no Iraque e Afeganistão ceifou as vidas de civis inocentes e militares em com­primento do seu dever. Além dos custos militares que chegam a um total de U$ 6.5 trilhões de dólares. Divida que será paga pelos cidadãos americanos até 2050, um estudo feito pela Universidade do Brown. Outros dados apontam que 47 mil afegãos foram mortos no meio da guerra, e 2,5 mil soldados militares dos EUA perderam suas vidas.

Depois de 20 anos as políticas de imigração e segurança nos aeroportos foram todas revisadas e aprimoradas. Pós 11 de setembro, imigrantes tem dificuldades para terem seus vistos de entrada aceitos, por serem de ori­gem do Oriente Médio.

Há própria questão que fica, com todos esses aconte­cimentos, modificações nas leis de imigração, controle das fronteiras, avanço no desenvolvimento tecnológico de reconhecimento facial.

Será que o próprio Estados Unidos da América está 100% seguro e livre de um novo ataque terrorista, ou esse possível ataque terrorista poderá migrar para um campo ainda mais disputado, que é ciberespaço.

Trechos do discurso de Joe Biden sobre questões no Afeganistão, retomada do Talibã ao governo

Por 20 anos, o Afeganistão tem sido um esforço con­junto com nossos Aliados da OTAN. Entramos juntos e estamos saindo juntos, e agora estamos trabalhando juntos para trazer nosso povo e nossos parceiros afe­gãos com segurança.

A ameaça do terrorismo gerou metástases. Há um peri­go maior do ISIS e – e da Al Qaeda e todas essas afilia­das em outros países, de longe, do que no Afeganistão.

Hoje, a ameaça terrorista se espalhou para fora do Afe­ganistão: Al Shabab na Somália, Al Qaeda na Península Arábica, Al Nusra na Síria e o Estado Islâmico tentando criar um califado na Síria e no Iraque e gerando afilia­dos em vários países da África e da Ásia. Essas ameaças merecem nossa atenção e nossos recursos.

 A presença de forças dos EUA já havia sido reduzida durante o governo Trump de cerca de 15.500 soldados americanos para 2.500 no país, e o Taleban tinha sua maior posição militar desde 2001.

Não teria havido cessar-fogo depois de 1º de maio. Não houve acordo protegendo nossas forças depois de 1º de maio. Não seria possível manter a estabilidade sem baixas americanas depois de 1º de maio.

Minha resposta é clara: não vou repetir os erros que cometemos no passado, o erro de permanecer e lutar indefinidamente em um conflito que não é do interesse nacional dos Estados Unidos, de redobrar o esforço em uma guerra civil de um país estrangeiro, de tentar re­-fundar um país através da mobilização incessante das forças americanas.

Ao finalizar esta saída, deixamos o seguinte claro para o Taleban: Se eles atacarem nosso pessoal ou impedi­rem nossa operação, a presença dos EUA tomará forma rapidamente e a resposta será rápida e enérgica. Defen­deremos nosso povo com força devastadora, se neces­sário.

Sou o quarto presidente dos Estados Unidos a liderar a guerra no Afeganistão: dois democratas e dois republi­canos. Não vou transferir essa responsabilidade para um quinto presidente.

Nossa missão para interromper a ameaça terrorista da Al Qaeda no Afeganistão e matar Osama bin Laden foi bem-sucedida.

Não posso e não pedirei aos nossos soldados que lutem implacavelmente na guerra civil de outro país, causando baixas, sofrendo ferimentos devastadores e deixando famílias atoladas na dor e na perda.

Quando me candidatei à presidência, expressei o com­promisso com o povo americano de que acabaria com o envolvimento militar dos Estados Unidos no Afeganistão. E embora tenha sido difícil e confuso, e certamente não perfeito, honrei esse compromisso.

Uma fração dos livros para compreender as questões sobre guerra do Oriente Médio e Política Externa Americana

Plano de Ataque – Bob Woodward – Editora Globo

Guerra Secreta – Mark Mazzetti – Editora Record

Diplomacia – Henry Kissinger – Saraiva

Escolhas Difíceis – Hillary Rodham Clinton – Editora Globo

 

Sérgio Lima Junior – Editor/Jornalista

Consultor Independente de Segurança Internacional/Ciber. Segurança

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